sábado, 20 de setembro de 2008

Capítulo 3: Embaixo Da Cama Havia Uma Caixa!

Uma sessão bem sucedida de passeios com direito à cadeira de rodas e um copo de suco de laranja sem açúcar,pelo jardim .Pleno à um inverno que calorosamente cobria o outono naquela manhã.
Ela se divertia à fim de que adorava ser levada de cadeira,enquanto outros pacientes reclamavam ,de não poder transitar os corredores com as próprias pernas e parecerem 'retardados',dignos de pena.Havia passado a manhã quase que por completa,vendo as pessoas incômodas contando problemas e peripécias desimportantes.Ela ocultava-as nas folhas que caíam secas na grama.E entretia-se com uma fileira de formigas que trabalhavam exaustivamente até sua 'casinha'.
Era a única paciente à possuir um canudo de vidro.Ela o ganhara num amigo secreto de uma pessoa que não era amiga,tão pouco inimiga.
O relógio de Anole,sua enfermeira,visava onze horas,e visava a hora da despedida do verde e dos caquéticos que alí ao seu lado,um pouco mais de um metro,estavam.
Ela trazia consigo duas flores.Cada uma possuía a mesma cor,uma com mais cor de morte e a outra sem cor de nada.
Um pouco mais viva do que dos outros dias,não garantia uma melhora ,mas pelo menos conseuia ir ao banheiro e ficar mais de dez minutos na frente do espelho conversando sozinha.Não era louca,mas tinha um senso de ser.Ao voltar de lá,pediu à Anole que lhe desse uma caixa que estava embaixo da cama.Antes de abrí-la, pediu a Anole que lhe desse privacidade.Ela ao retirar uma tesoura,fechara a caixa em silêncio ,e voltou a guardá-la novamente embaixo da cama.
A sensação de que estava entrando no banheiro,não era a mesma de quando havia saído anteriormente.Aos poucos removia as mechas de cabelo,com os olhos quase que fechados,mesmo estando diante à um espelho.Isso não lhe causava dor,ao contrário,lhe dava mais algum tempo de dormir e acordar.Por isso,levava uma fração contada no relógio,no banheiro.Quando achou que já estava na hora de parar,ela guardou a tesoura.. não mais na caixa,e sim na cabeceira próxima aos remédios que lhe restavam para tomar ao longo do dia.Naquele mesmo dia, o começo do inverno representava para ela ,alguma coisa à ocasião...