segunda-feira, 5 de abril de 2010

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Capítulo 4:Seu Coração Pulsava Dentro Dele.

O Inverno se aproximava daquele quarto ,com passos e perfume .Doc sentia dormindo, um peso sobre as mãos e com uma certa dificuldade por estar dopada,abriu os olhos.
Ele estava à observá-la pelo vidro,contando sua respiração.Desejando que ela estivesse livre de um súbito adeus.Ao ver que tocava em seus dedos ,viu Colien sorrindo em uma das mãos e na outra ,uma caixinha vermelha.
Ele estava surpreso,ao ver que lhe faltavam mechas de cabelo,mas,admitiu para sí ,que estava mais bonita.Doc em não dizer nada,passava as mãos pelo
rosto de Colien,como se não o reconhecesse.Ele a interrompeu,perguntando se ela havia se esquecido dele.Foi ao espaço entre os dentes que ela teve uma crise inesperada de riso. e voltou dizendo :
-Não!Estou guardando você,para que nunca me esqueça e se isso acontecer,conhecerei você de novo e me apaixonarei de novo.
Antes que permitisse que ele fosse impulsivo,sim ele era.Ela questionou a caixinha vermelha:
-O que há aí dentro ?
-Não há nada. Mas, se houvesse era seu.Quero que você a guarde e tudo o que sentir,.. não importando o que seja ,quero que guarde aí dentro.
-Está bem.
-Doc,me conte como cortou o cabelo ?
Antes que ela tocasse no assunto,Anole entrou no quarto, e para sua surpresa não acreditava que sua paciente cortara o próprio cabelo.Em silêncio, trazia um medicamento injetável e preparava-o para ser aplicado.
Doc pelo hábito, deixava Anole localizar o local da perfuração sem se incomodar.E então prosseguia a conversa com Colien.
Ele tocou no assunto de ser culpado e ela se fez presente em dizer, que quiz tudo o que aconteceu e que ele não dissesse mais nada.Sim, naquele metro-quadrado ,haviam três amantes; Doc,Colien e um câncer.
Não fazia mais sentido saber mesmo o que havia a deixado em cima de uma cama de hospital.E no fundo ela já havia se conformado.Ele quem não se perdoava , e também não sabia que mais tarde estaria cada vez mais perto dela.

sábado, 20 de setembro de 2008

Capítulo 3: Embaixo Da Cama Havia Uma Caixa!

Uma sessão bem sucedida de passeios com direito à cadeira de rodas e um copo de suco de laranja sem açúcar,pelo jardim .Pleno à um inverno que calorosamente cobria o outono naquela manhã.
Ela se divertia à fim de que adorava ser levada de cadeira,enquanto outros pacientes reclamavam ,de não poder transitar os corredores com as próprias pernas e parecerem 'retardados',dignos de pena.Havia passado a manhã quase que por completa,vendo as pessoas incômodas contando problemas e peripécias desimportantes.Ela ocultava-as nas folhas que caíam secas na grama.E entretia-se com uma fileira de formigas que trabalhavam exaustivamente até sua 'casinha'.
Era a única paciente à possuir um canudo de vidro.Ela o ganhara num amigo secreto de uma pessoa que não era amiga,tão pouco inimiga.
O relógio de Anole,sua enfermeira,visava onze horas,e visava a hora da despedida do verde e dos caquéticos que alí ao seu lado,um pouco mais de um metro,estavam.
Ela trazia consigo duas flores.Cada uma possuía a mesma cor,uma com mais cor de morte e a outra sem cor de nada.
Um pouco mais viva do que dos outros dias,não garantia uma melhora ,mas pelo menos conseuia ir ao banheiro e ficar mais de dez minutos na frente do espelho conversando sozinha.Não era louca,mas tinha um senso de ser.Ao voltar de lá,pediu à Anole que lhe desse uma caixa que estava embaixo da cama.Antes de abrí-la, pediu a Anole que lhe desse privacidade.Ela ao retirar uma tesoura,fechara a caixa em silêncio ,e voltou a guardá-la novamente embaixo da cama.
A sensação de que estava entrando no banheiro,não era a mesma de quando havia saído anteriormente.Aos poucos removia as mechas de cabelo,com os olhos quase que fechados,mesmo estando diante à um espelho.Isso não lhe causava dor,ao contrário,lhe dava mais algum tempo de dormir e acordar.Por isso,levava uma fração contada no relógio,no banheiro.Quando achou que já estava na hora de parar,ela guardou a tesoura.. não mais na caixa,e sim na cabeceira próxima aos remédios que lhe restavam para tomar ao longo do dia.Naquele mesmo dia, o começo do inverno representava para ela ,alguma coisa à ocasião...

sábado, 30 de agosto de 2008

Capítulo 2. Ou seria ,não se fala em jardineira ?

A claridade invadia sua janela.Mas ,ainda sim era por mérito dela decidir,se engolia ou mastigava as pílulas.De qualquer forma, adentravam o seu estômago.E ela esperava de uma forma agonizante a dor se render e evacuar de uma só vez ,à cada duas horas.Era atenciosa e assistia ,sempre fazendo as mesmas perguntas às enfermeiras.Que eram bem pacientes e de jeito ou de outros se afeiçoavam à ela.Penteavam-lhe os cabelos , e ela dolorosamente observava as madeixas, se esvaindo por entre os dentes da escova.Todos os dias pedia para que lhe colocassem batom.Pois, por mais doente que estivesse,queria que lhe vissem com cor,e parecesse cheia de vida.
Ah! se ela pudesse,..Naquele metro-quadrado,todo amor que ela desconhecia,cabia e lhe sobrava, ainda um tanto.
Contava os azulejos azuis ,descascados.não tinha muito o que fazer.Também recebia cartas , e as devorava como seus livros e maçãs.Não importava o que diziam.Quando tinha forças, ela respondia,quando não tinha,. usava um gravador ,que pertencera ao avô de uma amiga.Pois,o seu, ela não chegou nem a conhecer.Também não sabia mais, quem eram seus pais.Há muito tempo náo os via.Minto!Fazia um pouco mais de quatro anos.Mas, acredito que, não sabiam que, Doc .(ela gostava de ser intitulada)estava há dois an0s ,com as espinha presa à cama de um hospital.
Anita, ou melhor.. Doc, não se interessava em ver que os pais lhe visitariam um dia.Talvez se encaixasse melhor, em uma moldura simples,que ela não sentia falta, na cabeçeira.Ela tinha uma obscessão por fotografias,mas,não eram simples.ainda mais quando se tratavam de gravuras dela.Mandava toda semana por envelopes, de cores creme e azul.As fotos eram repetidas,mas, nelas continham uma informação vaga, de que ainda tinha vida.Retratavam seus pés e as unhas que variavam as cores.Desta vez estavam vermelhas.Elas pensava que desse jeito,podiam soar que mesmo que estivesse morrendo, seus pés não mudariam de posição ou cor.Exceto é claro, as unhas. E só então ,quando estivessem sem esmaltes,ela haveria partido.Partindo corações, e partindo os fios que legavam alguns de seus pensamentos e membros.
A certeza de que ,ela morreria,não agradava ,mas, também não ofuscava, o brilho que tinha no olhar perdido que fazia ao acordar.Não aliviava dor,e não a fazia sorrir , como quando ela via Tom & Jerry na tevê do quarto.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Capítulo 1:Doc Perde A Jardineira.

Ela não sabia a distância entre a cama e o banheiro,nem quanto tempo levaria para chegar lá.De hora em hora , esticava os braços para,deixar que lhe dopassem,uma forma de mantê-la quieta,e de reduzir sua dor.Mal podia equilibrar-se,se apoiava na cabeçeira,para seu próprio entendimento de que estava bem.
Durante as noites, ela fingia dormir,para não ter que tomar mais remédios.De certo,ela ficava entediada por passar às noites,olhando para o teto,ouvindo os trilhos das macas cruzando os corredores e se sentindo mais doente com o cheiro do éter que invadia o seu quarto.
Ele aparecia de surpresa e sempre a encontrava mais pálida do que das outras vezes.Mesmo assim (exceto quando usava batom, para parecer saudável) com um vestido creme ,que todos os pacientes faziam uso,parecia ter mais cor e por mais perdida que parecesse estar ,continuava bonita.
Sempre que ele a visitava ,levava maçãs e livros,porque ainda era uma das coisas que ela mais sentia prazer em fazer.Comia livros com a mesma intensidade que comia suas maçãs,embora não sentisse gosto .

Toda vez que a visitava ,fingia estar sempre bem.Não queria que ela soubesse que eu a via cada vez mais doente.E o quanto eu desejava que ela nunca me deixasse.
Mas ela nunca se sentia incômoda ,por estar com as pálpebras pesadas e forçava uma fala que vinha ,não mais de dentro dela .Também nunca dizia que sentia frio ou dor.



quinta-feira, 3 de julho de 2008

Não Jante.


Você sente amor e a sua escova de dentes.
Cesta com torradas azuis,.ela não come .Bebe o chá do vidro de cores estampadas.
Cílios crescem onde ela rega,com lâmpadas presas às pontas.
Todo o ar engole sua xícara quente.
Oh!Arranhões lhe comem a fome,e ela não quer.
Ela suspira e conspira contra o tédio.Dorme após o relógio fechar o cucco.
Ouve o som dos tijolos vermelhos,
As abelhas com alfinetes em seus tímpanos .Mas, lhe resta uma escada para subir,e tijolos vermelhos hãn?
Esquece o fato;
Jogar do alto,
morre .

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Já Que Não Tem Cor, Usa-se Maquiagem.

Certa manhã,certifiquei-me de que até abrir os olhos era insuportável.Já que não estava ciente do que o dia, havia de ter para surpreender-me.Cinco minutinhos era o que eu pretendia prolongar ao resto do dia.Mas estava ao deparar-me com a escova de dente,e iniciar a vaga e repetida rotina. Ao terminar meu curtíssimo café,fechar portas e janelas e sair de um papel ,para representar outro.Às vezes há algumas segundas como essa, me torno uma icógnita porque acordo ao lado errado da cama.Quero que seja apenas 'eu'.Que deixe de ser um pronome e se encaixe numa frase qualquer.